Uso de protetores bucais em práticas de atividades esportivas

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SEGURANÇA NO ESPORTE

 

 

Uso de protetores bucais em práticas de atividades esportivas

Felipe Nogueira Anacleto¹, Rubens Schneiders², Jarbas Francisco Fernandes dos Santos³

Introdução

A perda ou fratura dos dentes anteriores é o problema dental que provoca maior impacto emocional e constitui uma experiência dramática para todos, podendo ser um fator direto de futuros problemas psicológicos e desvios de comportamento das crianças (CHELOTTI, A.; VALENTIM, C., 1988). 2002). Todavia, as seqüelas dos traumatismos, podem ser minimizadas, reduzindo drasticamente os níveis de sua gravidade através do uso de protetores bucais. Um atleta pode reduzir até 60 vezes o risco de danificar seus dentes, caso esteja usando protetor bucal. (RANALLI, 1995; RIBEIRO, et al., 2002). Esse trabalho tem como objetivo refletir sobre alguns aspectos da Odontologia Desportiva visando à importância do uso de protetor bucal na prevenção de possíveis traumatismos, bem como identificar os tipos de protetores bucais mais apropriados a cada atividade desportiva.

As lesões mais comuns em traumatismos são as fraturas coronárias de esmalte e dentina, avulsão e fraturas coronárias com exposição pulpar, atingindo principalmente os incisivos centrais superiores (ANDREASSEN, J.O.; ANDREASSEN, F.M., 1984).

O aumento dos traumatismos bucais durante a prática de esportes, ensejou o surgimento do cirurgião dentista especializado em Odontologia Desportiva. A Odontologia Desportiva é um ramo da odontologia que visa o tratamento e a prevenção dos traumas originados de práticas esportivas segundo Ferreira (1998).

Souza (2004) se propõe a oferecer conhecimento aos cirurgiões dentistas com visão esportiva a fim de melhorar o rendimento dos atletas através de sua saúde oral. Já em 1969, Nicholas apud Gurgel (2005), publicou sobre a proteção bucal nos esportes de contato, afirmando que os principais objetivos dos protetores bucais são: proteção dos dentes anteriores e lábios, proteção contra golpes diretos, proteção de danos ás cúspides e/ou restaurações dos dentes posteriores.

Com o aumento no número de praticantes de esportes e aumento da competitividade, a tendência é de aumento substancial nas estatísticas envolvendo acidentes traumáticos no esporte. (RANALLI, 1995; RIBEIRO, et al., 2002).

Todavia, as seqüelas dos traumatismos, podem ser minimizadas, reduzindo drasticamente os níveis de sua gravidade através do uso de protetores bucais. Um atleta pode reduzir até 60 vezes o risco de danificar seus dentes, caso esteja usando protetor bucal. (RANALLI, 1995; RIBEIRO, et al., 2002). Esse trabalho tem como objetivo refletir sobre alguns aspectos da Odontologia Desportiva visando à importância do uso de protetor bucal na prevenção de possíveis traumatismos, bem como identificar os tipos de protetores bucais mais apropriados a cada atividade desportiva.

Considerações Finais:

É notável que, nos dias de hoje, com o aumento da competitividade entres atletas dos diversos esportes, as disputas XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba1594 esportivas tem ficado cada vez mais acirrada. A cobrança pelos patrocinadores e por outro lado do próprio atleta, impõe um ritmo de treinamento, de jogo ou prova, cada vez mais intenso. Desta forma a batalha para conseguir cada vez mais destaque no esporte, tem trazido a alguns atletas certos tipos de trauma. Estes traumas uma vez associados à face são na maioria das vezes traumas que envolvem a integridade bucal. As fraturas coronárias, lacerações labiais, lesões de tecidos moles e fraturas ósseas já foram descritas por Nicholas (1969) apud Gurgel 2005; Andreasen (1984) acontecem com mais freqüência sem o uso de proteção adequada. Dependendo da fase de treinamento que um atleta se encontra, acidentes como estes podem ocasionar um desgaste mental dificultando ainda mais seu desempenho e sua evolução frente às disputas.

Porem, o protetor bucal em si, não é a solução para o problema de todos os atletas, leis sobre seu uso e seu modo de confecção têm cada dia mais sido atualizado para que haja um padrão no seu uso. Sobre a confecção dos protetores bucais, na literatura de hoje podemos encontrar uma classificação de acordo com a evolução do artefato: I, II e III, onde o protetor do tipo III que é aquele confeccionado pelo próprio cirurgião dentista é o mais eficaz diz Ranalli (1995) e Ribeiro et al. (2002).

Contudo o uso dos protetores bucais ainda hoje, não tem uma grande aceitação pelos atletas, já que muitos deles não se adaptam com o artefato relatando dificuldades de respiração, troca de oxigênio rápido, dificuldades na fala e muitas vezes a falta de conforto com o protetor na boca.

Cuidados com o protetor bucal em relação à higiene também tem sido elucidada sua preocupação neste trabalho, Frente a todas estas informações, podemos falar que o uso de protetores bucais nos esportes de contato e mais do que necessário, porem traumas estão aparecendo em qualquer disputa.

Após a revisão acima pesquisada, chega-se a um consenso que nos esportes não obrigatórios, o uso dos protetores fica a critério do atleta, sabendo que a prevenção de seqüelas dos traumas e efetiva.

Basta agora, ser realizada a divulgação dos protetores bucais para que sua aceitação, tanto para atletas profissionais e amadores, quanto para esportistas de final de semana venha acontecer de uma forma geral.

Sobre os autores:

1 Universidade do Vale do Paraíba (Univap)/Faculdade de Ciências da Saúde/Curso de Odontologia, Av. Shishima Hifumi 2911 Urbanova 12244-000 São José dos Campos -SP Brasil, felipe_anacleto@hotmail.com
2 Univap, rubens_schneiders@hotmail.com
3 Univap, jarbas@directnet.com.brResumo
Artigo na íntegra em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/saude/inic/INICG00911_01O.pdf